4 de setembro de 2012

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Entrevistando Reynaldo Gianecchini

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Reynaldo Gianecchini está parecendo um garoto. É o povo do Projac que diz. Muita gente que o encontra nas gravações de Guerra dos sexos não o reconhece por conta da cabeleira cacheada que ele exibe desde que terminou o tratamento de um câncer no sistema linfático. Mas o ator continua a arrancar suspiros. Em entrevista ao jornal Extra, do Rio de Janeiro, ele falou do novo visual, da volta à TV como o motorista Nando e do sonho de ajudar as crianças.

Estranhou quando seu cabelo nasceu cacheado?
Nem um pouco. Estou curtindo. Tem gente que estranha e vê o cabelo enrolado como menor. Quando vou fazer um ensaio fotográfico, e me pedem para dar uma alisada, explico: “Isso aqui não alisa. É toinhoimnhoim total! Mas minha médica disse que os fios podem voltar a nascer lisos a qualquer momento.

Como tem sido seu retorno às gravações da novela?
Em três semanas, já fiz tudo o que se pode imaginar: gravei acidente de moto, explosão de lancha, fugi de cachorro, subi coqueiro, pulei janela, portão, caí no mar. Muito louco. Quando recebi os capítulos, cansava só de ler. Eu estava fraquinho no hospital. Fora que o Nando fica de shortinho o tempo todo. Nada como ter que ficar com pouca roupa na televisão para se estimular a ficar legal. Ninguém quer pagar mico na TV.

O que aconteceu que você quebrou um dedo?
Fiz um monte de cena de ação, mas não caí em nenhuma. Escorreguei com o sapato novo, fora da gravação. O tombo foi feio. Fui proteger meu rosto, e caí em cima da mão esquerda.

A lesão atrapalhou em algo?
Há quatro semanas que eu não malho por causa do dedo quebrado. O personagem é atlético, estou preocupado com isso. Mas está bem. Estou numa fase que tento não me estressar com nada. Tinha recomeçado a fazer exercício e tive que parar de novo. Mas aceito tudo. Tento viver dentro do que a vida me propõe, tô achando graça até no trânsito parado.

Por que conta com dois dublês nas gravações?
Um engana bem no vídeo, e outro é mais de ação, que não é tão parecido comigo. A produção contratou para me proteger. Mas eu quero fazer tudo. Se não for realmente uma cena de perigo — que eu não estou aqui para correr riscos, e nem sou treinado para isso — eu faço. Sempre digo que queria era ser dublê. Adoro fazer cena de ação. Você tem que estar inteiro, usar todo o corpo.

O que pretende contar em sua biografia?
Não tinha o menor interesse nisso, porque a minha natureza é discreta. Mas o Guilherme Fiúza me fez uma proposta de escrever como se fosse o roteiro de um filme, e eu um personagem. Vai contar as viradas da minha vida e não a história sobre a minha doença. Não será de autoajuda ou para eu ficar me enaltecendo. Vai contar fracassos e fragilidades da vida, e o que passei para ser quem sou hoje.

A renda vai ser beneficente?
O livro vai gerar uma grana para eu criar uma instituição, não quero nenhum centavo para mim. A intenção é fazer algo maior. É um projeto antigo, mas ainda muito embrionário. Tenho que formar uma equipe em Birigui (cidade natal do ator, no interior de São Paulo), para ajudar as crianças.

Isso tem a ver com o contato que teve com crianças durante seu tratamento?
Na ala do hospital em que eu estava tinha muita criança com câncer. E foi muito bom conhecê-las. Não fazem drama e têm uma força. Várias passavam maus bocados lá e estavam sempre pensando na vida e não na morte.

Crédios para o site divirta-se.uai que publicou essa matéria.


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